terça-feira, 4 de agosto de 2009

Não repetir nenhum comportamento


Me perturba o fato das pessoas viverem do passado, não que ninguém possa guardar na memória lembranças, mas viver como se ele estivesse presente... A pessoa fica tão presa na porta que se fechou que não consegue ver a que está ali, bem na sua frente, aberta...

E sinceramente, eu pelo menos, me sinto tão original e tão diferente das demais pessoas, que odeio ser comparada, como se eu fosse repetir algum comportamento alheio, como se eu fosse previsível, como se eu fosse igual.

Ora bolas, se tem uma coisa que eu não sei ser é ser igual a qualquer outra pessoa, aliás eu sou diferente da maioria das pessoas que eu conheço, tá certo que vez ou outra eu me pego em situações comuns, mas sempre ajo com uma particularidade, nem que seja de propósito.

É como diz Fernando Pessoa:

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Ou como diz Caio Abreu sobre as relações passadas... Que de tudo fique...

"Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo."

"não repetir nenhum comportamento. Ser novo" Essa frase tem martelado na minha cabeça, porque, de coração é o que tenho feito, mas algumas pessoas não se dão conta da beleza que reside nisso e simplesmente se repetem, comparam, fazem tudo de novo, sempre igual, outra vez. Triste, porque assim perdem a singularidade da pessoa, ou seja, o melhor dela.

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