Procuro um lugar
Não sei se neste ou noutro mundo
Num mundo onde andei
A vida escondeu
No esquecimento mais profundo
Alguém que hoje sou eu
Penso que assim, então
Melhor eu me mandar
Saio cansada e vou, perdida pela rua
Dizendo que o tempo vai levar pra longe tudo que passou
E assim vou vivendo
Pra lembrar quem eu sou
Pra salvar o que ainda restou, do meu tempo
E assim vou vivendo
Eu não sou eu
Procuro por mim
E sei que estou longe
Mas quando eu vejo, então
Esqueço tudo e nada
Parece tão sério assim
Eu volto pra casa
E depois fico a me perder
Dizendo que o tempo vai levar pra longe tudo que passou
E assim vou vivendo
Pra tentar achar a si mesmo
Alguém que não olha pra trás
Não sabe ver
O que a vida fez
Cedo ou tarde encontra o segredo
Pra lembrar quem eu sou
Pra salvar o que ainda restou, do meu tempo
E assim vou vivendo
(Fusão adaptada do original "Do Nosso Tempo" e
"À La Recherche" de Duka Leindecker)
“Quando morrer, é possível que alguém, ao ler estes descosidos monólogos, leia o que sente sem o saber dizer, que essa coisa tão rara neste mundo - uma alma - se debruce com um pouco de piedade, um pouco de compreensão, em silêncio, sobre o que eu fui ou o que julguei ser. E realize o que eu não pude: conhecer-me”. Florbela Espanca
quarta-feira, 26 de março de 2008
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