domingo, 23 de março de 2008

Dias incertos



Ouço os sons dos meus silêncios...
na velocidade das pulsações,
vejo retalhos de mim mesma.

No embalo desta música
meu sangue
dança pelas veias ...

O tempo para
em seu ritmo penetrante,
a seguir expande...

Em meu peito um soluço
soleva as paredes brancas
da estrada que nunca passei...

Ah...esta música
Eleva-me e conduz
ao fulgor incerto
e fino da luz

Por isso eu toco,
toco esta melodia silenciosa
para não me perder.

(Andréa Motta)

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