“Quando morrer, é possível que alguém, ao ler estes descosidos monólogos, leia o que sente sem o saber dizer, que essa coisa tão rara neste mundo - uma alma - se debruce com um pouco de piedade, um pouco de compreensão, em silêncio, sobre o que eu fui ou o que julguei ser. E realize o que eu não pude: conhecer-me”. Florbela Espanca
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
My life without me
Agora vejo as coisas claramente...
Vejo todas essas vidas emprestadas,
Vozes emprestadas
Gente por toda a parte
Olho para as coisas que eu ia comprar
Agora eu já nem quero comprar
Todas essas coisas nas vitrines brilhantes
Todos os modelos nos catálogos
Todas as cores, as ofertas especiais
As receitas de televisão
Aquele monte de comida gordurosa
Tudo está ali para nos afastar da morte
E não funciona.
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2 comentários:
Em relação a este tópico, há um livro muito interessante chamado "A negação da morte - um estudo psicológico sobre a finitude humana", de Ernest Becker. Uma das principais teses dessa obra é a de que o caráter humano é a "mentira vital" - isso é, tudo o que o homem faz é simplesmente uma forma de se esquecer de sua mortalidade, é um mecanismo psicológico "anti-morte". Essa obra é baseada principalmente nos pensamentos de Otto Rank, Kierkegaard e Freud.
Interessante, vou ver se acho esse livro...
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