“Quando morrer, é possível que alguém, ao ler estes descosidos monólogos, leia o que sente sem o saber dizer, que essa coisa tão rara neste mundo - uma alma - se debruce com um pouco de piedade, um pouco de compreensão, em silêncio, sobre o que eu fui ou o que julguei ser. E realize o que eu não pude: conhecer-me”. Florbela Espanca
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Roda da vida
"Como se eu estivesse por fora do movimento da vida. A vida rolando por ai feito roda gigante, com todo mundo dentro e eu aqui parada, pateta senta num bar. Sem fazer nada, como se tivesse desaprendido a liguagem dos outros. A liguagem q eles usam pra se comunicar quando rodam assim e assim por diante nessa roda-gigante. Você tem um passe pra roda gigante, uma senha um código, sei lá. Você fala qualquer coisa tipo bá, por exemplo, então o cara deixa você entrar, sentar e rodar junto com os outros. Mas eu fico sempre do lado de fora. Aqui parada, sem saber a palavra certa, sem conseguir adivinhar. Olhando de fora, a cara cheia, louca de vontade de estar lá, rodando junto com eles nessa roda idiota..."
Caio F. Abreu
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