terça-feira, 1 de abril de 2008

Lado alado



"Êstes versos febris que hoje componho
Meus tesouros, e minha consolação
Aonde passam uivos de tufão
E há pedaços de céu claro e risonho.

Os versos doentes dêste coração
Que disseco, analiso e decomponho
Cheio do nervossismo dêste sonho
E cheios da pré-a-mar desta aflição.

Êstes versos . . . Um anjo moreno brando
Ele, não sei onde e nem quando
Dentro do peito há de lhes dar abrigo.

E sómente ele é que há de compreendê-los
E ler-los-a sempre ao meu lado, e ao lê-los
Há de sorrir, e há de chorar comigo. . ."

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