quinta-feira, 10 de maio de 2012

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Algo me incomoda ultimamente. Não, não sei dizer o que é. Sinto uma estranha familiaridade racional com tudo isso. Se já estive nesse ponto outras vezes!? Sim, acho que sim. Provavelmente um daqueles insights psicológicos que custam a se desfazer.
Acho que a chave da questão é onde estive antes de agora.

Isso me soa familiar, aliás, acho que faz lembrar todo aquele discurso sobre "enantiodromia" http://pt.wikipedia.org/wiki/Enantiodromia, que vivo me queixando e debatendo com o Luiz Filipi http://tornbystars.blogspot.com.br/, e que, recorentemente me encontro.
Não sei se trata-se de ter ido a lugares tão "sombrios" da minha mente, que me faz agora achar tudo tão "aceitável" e "simples", e tudo bem, deve ser um daqueles momentos "no drama", que invariavelmente se converterão em sentimentalismo tolo.
Sinceramente!? Estou me cansando disso. Consigo prever cada movimento que ocorrerá comigo e com os que me cercam neste momento. Cada acerto, cada erro, cada sentimento...
Como se fosse sempre o mesmo teatro, cada vez com atores diferentes.
E ai, meio que vai ficando mecânico, e, talvez mais racional (Sempre achei que isso fosse uma coisa boa, agora já não tenho tanta certeza).

Confesso que com essa "antevisão" das coisas, dá pra modificar algumas cenas, fazer diferente, mas, irremediavelmente alguns atos acabam do mesmo modo. Quase como um "destino fatalístico".
Só espero que essa peça fique em cartaz por mais tempo, e que, eu não morra no final (Pelo menos não de modos tão terríveis como em outras ocasiões).
E, só pra variar esse pensamento me conduz a um link que também fiz algumas outras vezes (Sou tão previsível)...

Como a CigarraTantas vezes me mataramTantas vezes morriEntretanto estou aquiRessuscitandoGraças dou à desgraçaE à mão com punhalPorque me matou tão malE segui cantando
Cantando ao solComo a cigarraDepois de um anoDebaixo da terraIgual sobreviventeQue volta da guerra
Tantas vezes me apagaramTantas desapareciA meu próprio enterro fuiSozinho e chorandoFiz um nó do lenço,Mas esqueci depoisQue não era a única vezE segui cantando
Cantando ao solComo a cigarraDepois de um anoDebaixo da terraIgual sobreviventeQue volta da guerra
Tantas vezes te mataramTantas ressuscitaráQuantas noites passaráDesesperandoE à hora do naufrágioE à da escuridãoAlguém te resgataráPara ir cantando
Cantando ao solComo a cigarraDepois de um anoDebaixo da terraIgual sobreviventeQue volta da guerra
(Mercedes Sosa)

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