
Ela estava partida entre seus desejos
Em seu olhar, eu senti o medo
Passos atraentes, ela escutou
Sua vida inteira, ela recordou
De seu diário rasgado ela resgatou
Formas eternas de um grande amor
Do vaso quebrado, que ela ganhou
A flor mais bela, agora murchou
Do quadro pintado, nada mais restou
Seu amor a vida, já se esgotou
Navalhas dilacerando os seus pulsos
Uma mistura de prazer e dor.
Sombra da morte venha a mim
Agora eu sei, que é o fim
Da janela do quarto, vejo a estrela mais linda
Me dizendo: não se vá!
O silêncio ouviu a minha solidão
Tudo que resta agora, é a razão
Razão de coisas que eu fiz
De uma alma, que nunca foi feliz
- No fundo do poço a escuridão
O anjo negro me crucificou
O Sofrimento eterno, agora restou.
(Carlos Valmor Decesaro - 1999)
Nenhum comentário:
Postar um comentário